segunda-feira, 14 de março de 2011

Surtos psicóticos de inicio de ano

Sempre nessa mesma época do ano eu entro em parafuso, com crises existenciais intermináveis, dúvidas cruéis sobre o meu futuro, sobre quem sou eu, sobre como sobreviver neste mundo cão. Ano passado larguei tudo e fui tentar fazer medicina pela segunda vez. Aí julho chegou e eu desisti da medicina. No ano retrasado foi psicologia e no ano anterior algo que nem me recordo. Nesse vai e vem já passei por mais profissões do que uma criança com imaginação fértil. De bailarina a analista criminal, passando por comissária de bordo, garçonete, estilista e astronauta. Tá, exagerei no astronauta. Mas a verdade é que depois que julho chega eu sempre volto pro bom e velho mundo das artes. A causa pra tanta mudança não nos interessa no momento e só pode ser definida pela minha terapeuta (aliás, será que a Dra. lê meu blog? A foto acima é um presentinho da paciente psicótica hehehe). Parágrafos de DDA a parte, voltando ao que interessa. Analisando o surto desse ano e chegando a essa conclusão de que sempre volto pras artes cheguei a uma conclusão um pouco mais ampla, que não tem só a ver com o campo profissional, mas com todos os aspectos da vida: sempre voltamos pro que amamos.

É impossível não ficar confuso, afinal, são tantas possibilidades, tantas aventuras e a vida é tão curta, queremos abraçar o mundo de uma só vez. Mas abraçar o mundo de uma só vez é impossível, portanto, é mais fácil aproveitar cada pequeno pedaço da vida, cada toque, cada riso, cada faceta, como única. Ir com a maré. Viajar no momento. No regrets. Sem arrependimentos, sem bagagem, sem grandes preocupações. Porque apesar de pessoas serem complicadas, a vida é bem simples, a gente é que complica. A gente é que fica de birra, briga a toa, perde amigos por orgulho. Perde oportunidades por medo. A gente é que rotula tudo, fica tentando explicar o inexplicável. 

Regrinhas simples: 
1) Tem sempre alguém pior do que você. Basta não focar no seu umbigo o tempo todo pra perceber.
2) Querer mudar é bom.
3) TODO MUNDO ERRA.
4) Pra rir, é só começar. Pergunta pra Amanda.
5) Ser um pouco otimista nunca matou ninguém até onde eu sei. Mas o otimismo já curou câncer por aí. Não se entregue e viva, mesmo que erre, que quebre a cara.
6) PERDOE e aceite não ser perdoado. Reconhecer o próprio erro é mais importante.

É isso, o post de hoje é só pra lembrar as pessoas que lêem isso aqui de que não é o fim do mundo, embora pareça.

Skyway by The Replacements
Skyway por The Replacements


You take the skyway, high above the busy little one-way
Você toma a rota aérea, bem acima da pouca ocupada via de mão única.
In my stupid hat and gloves, at night I lie awake
No meu chapéu estúpido e luvas, durante a noite eu fico acordado
Wonderin' if I'll sleep
Me perguntando se eu vou dormir
Wonderin' if we'll meet out in the street
Perguntando se vamos nos encontrar na rua


But you take the skyway
Mas você toma a rota aérea
It don't move at all like a subway
Que não se move como um metrô
It's got bums when it's cold like any other place
Tem vagabundos quando está frio como em qualquer outro lugar
It's warm up inside
É quente no interior
Sittin' down and waitin' for a ride
Sentando e esperando para um passeio
Beneath the skyway
Sob a rota aérea

Um comentário:

  1. Elaiá.... só digo uma coisa: medo do que pode vir por aí em 2012...
    Não importam as crises, olha eu, estou me formando em secretariado por culpa de uma crise... E quase desisti dessa formação por causa de crises... c'est la vie.
    E acabou que eu não falei coisa com coisa aqui, mas tudo bem, eu sei que essa atual crise tbm vai passar e as coisas logo vão se ajeitar pra vc (pelo menos até a crise de 2012 chegar, mas aí é outra história e outra crise)

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