Sempre nessa mesma época do ano eu entro em parafuso, com crises existenciais intermináveis, dúvidas cruéis sobre o meu futuro, sobre quem sou eu, sobre como sobreviver neste mundo cão. Ano passado larguei tudo e fui tentar fazer medicina pela segunda vez. Aí julho chegou e eu desisti da medicina. No ano retrasado foi psicologia e no ano anterior algo que nem me recordo. Nesse vai e vem já passei por mais profissões do que uma criança com imaginação fértil. De bailarina a analista criminal, passando por comissária de bordo, garçonete, estilista e astronauta. Tá, exagerei no astronauta. Mas a verdade é que depois que julho chega eu sempre volto pro bom e velho mundo das artes. A causa pra tanta mudança não nos interessa no momento e só pode ser definida pela minha terapeuta (aliás, será que a Dra. lê meu blog? A foto acima é um presentinho da paciente psicótica hehehe). Parágrafos de DDA a parte, voltando ao que interessa. Analisando o surto desse ano e chegando a essa conclusão de que sempre volto pras artes cheguei a uma conclusão um pouco mais ampla, que não tem só a ver com o campo profissional, mas com todos os aspectos da vida: sempre voltamos pro que amamos.
É impossível não ficar confuso, afinal, são tantas possibilidades, tantas aventuras e a vida é tão curta, queremos abraçar o mundo de uma só vez. Mas abraçar o mundo de uma só vez é impossível, portanto, é mais fácil aproveitar cada pequeno pedaço da vida, cada toque, cada riso, cada faceta, como única. Ir com a maré. Viajar no momento. No regrets. Sem arrependimentos, sem bagagem, sem grandes preocupações. Porque apesar de pessoas serem complicadas, a vida é bem simples, a gente é que complica. A gente é que fica de birra, briga a toa, perde amigos por orgulho. Perde oportunidades por medo. A gente é que rotula tudo, fica tentando explicar o inexplicável.
Regrinhas simples:
1) Tem sempre alguém pior do que você. Basta não focar no seu umbigo o tempo todo pra perceber.
2) Querer mudar é bom.
3) TODO MUNDO ERRA.
4) Pra rir, é só começar. Pergunta pra Amanda.
5) Ser um pouco otimista nunca matou ninguém até onde eu sei. Mas o otimismo já curou câncer por aí. Não se entregue e viva, mesmo que erre, que quebre a cara.
6) PERDOE e aceite não ser perdoado. Reconhecer o próprio erro é mais importante.
É isso, o post de hoje é só pra lembrar as pessoas que lêem isso aqui de que não é o fim do mundo, embora pareça.
Skyway by The Replacements | Skyway por The Replacements |
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You take the skyway, high above the busy little one-way | Você toma a rota aérea, bem acima da pouca ocupada via de mão única. |
In my stupid hat and gloves, at night I lie awake | No meu chapéu estúpido e luvas, durante a noite eu fico acordado |
Wonderin' if I'll sleep | Me perguntando se eu vou dormir |
Wonderin' if we'll meet out in the street | Perguntando se vamos nos encontrar na rua |
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But you take the skyway | Mas você toma a rota aérea |
It don't move at all like a subway | Que não se move como um metrô |
It's got bums when it's cold like any other place | Tem vagabundos quando está frio como em qualquer outro lugar |
It's warm up inside | É quente no interior |
Sittin' down and waitin' for a ride | Sentando e esperando para um passeio |
Beneath the skyway | Sob a rota aérea |
Elaiá.... só digo uma coisa: medo do que pode vir por aí em 2012...
ResponderExcluirNão importam as crises, olha eu, estou me formando em secretariado por culpa de uma crise... E quase desisti dessa formação por causa de crises... c'est la vie.
E acabou que eu não falei coisa com coisa aqui, mas tudo bem, eu sei que essa atual crise tbm vai passar e as coisas logo vão se ajeitar pra vc (pelo menos até a crise de 2012 chegar, mas aí é outra história e outra crise)