sábado, 25 de setembro de 2010

Como "Julie&Julia" me ensinaram a RESISTIR

Sim, esta é a segunda vez que eu escrevo no blog em dois dias. Escrever é algo que eu amo e quero fazer pro resto da minha vida, mesmo que o resto da minha vida seja essa noite ( e não foi Luan Santana). Eu gostaria de ter uma taça de pinot noir enquanto escrevo sobre três coisas que adoro: cozinhar, cinema e escrever neste blog.

Você provavelmente já ouviu falar de Julia Child e Julie Powell pelo filme água-com-açúcar "Julie&Julia", ou talvez, seja mais culta do que eu e tenha acessado o blog de Julie ou lido o livro que ela publicou. A verdade é que esta noite eu estava me sentindo como um peixe fora d´água. A vontade de resistir era mínima, me entregar ao destino, a tudo a minha volta, vegetar, sobreviver, tudo isso parecia uma excelente idéia.  Então, depois de um desastroso jantar, uma leitura seca e uma olhada desconfiada para a minha tatuagem que diz "Let it be" um filme começava na HBO, "Julie&Julia". Eu precisava de um chick-flick pra apagar a imagem anterior da Briget Jones em sua "pequena" calcinha indo atrás do Darcy,  e eu realmente precisava da Meryl Streep.

Eu tive o pior dia da minha vida. Eu li, reli, fiz todos os exercícios recomendados por Anderson Cavalcante para descobrir minha missão, escrevi no meu diário a pergunta "qual é minha missão?" mais de vinte vezes quando Osho respondeu via Twitter (não estou inventando isso, juro) que eu devo escrever - aqui palavrasdeOsho 
Meditação é uma poesia sem palavras; poesia é meditação em palavras.
 - e eu simplesmente parei de me preocupar com o que fazer e escrevi. Porém, quando a noite caiu, eu pensei "como conseguir um editor?", "terei tempo pra isso?", "o que eu escrevo é bom o suficiente?", "eu não deveria simplesmente ganhar a vida como todo mundo em vez de viver de arte como sempre foi meu sonho?". E assim surgiu "Julie&Julia" na minha TV. Algo que eu nunca, nunca mesmo, pensei em assistir. Mas que me tocou por tantas razões que é até difícil de enumerar.

Pra começar, ambas, Julie e Julia, eram mulheres comuns, com o dom de escrever (e cozinhar), que conseguiram o que queriam por não desistirem dos seus sonhos. Por não sucumbirem à mente coletiva que nos diz que temos que ser todos iguais. Para sempre. Mesmo que sempre seja amanhã. Julie começou com 12 seguidores, eu tenho 19, iei!

Sem contar que Meryl Streep está espetacular! Só de vê-la me dá vontade de colocar novamente o pé no palco e sentir a energia do teatro vazio minutos antes da apresentação. Eu sei que neste momento deveria estar prestigiando um amigo que está comemorando seus anos de carreira no palco, e peço desculpas publicamente, sei que terei tempo e energia para sua próxima apresentação e essa não perderei por nada. Mas por alguma razão do cosmos ou inexplicada eu precisava ficar em casa essa noite. Eu precisava entender que a vida pode tentar nos derrubar as vezes, mas só nos mesmos temos a força pra nos mantermos em pé ou pelo menos levantar com dignidade.

Eu terminei meu conto, ao contrário de tudo o que eu faço, pela primeira vez, eu terminei algo importante. Claro que ainda faltam alguns ajustes, mas pela primeira vez na vida me sinto bem quanto a algo que escrevi em tão pouco tempo. O nome provisório é "Minhas duas vidas" e espero poder publicá-lo aqui assim que o registro sair. 

O ponto é: não importa como você se sinta, o quanto queira seus amigos, o quanto queira seu amor, o quanto queira viver, o quanto queira simplesmente... VOCÊ PODE TER. E quando menos espera. Não faça dramas. AME SEM CULPA. E saiba ser LIVRE e VERDADEIRO com você.

Tenham um ótimo fim de semana. Eu espero que o meu também seja.

Retorno

Era uma vez uma menina que acreditava em amor, em paz, em plenitude. Uma menina que acreditava que boas noticias não precisavam de uma má notícia. Os contos de fadas modernos não nos dizem como agir, quando parar, quando escrever, De uma coisa tenho certeza: nasci pra escrever e por isso minhas férias duraram tão pouco. Eu nasci pra cantar. Por isso vo ltei pras aulas de piano e canto. Eu nasci pra atuar, por isso me verão em breve em um espetáculo em Curitiba. Eu nasci pra inspirar. Pra ajudar. Pra amar.

Hoje tive a melhor e a pior noticia da minha vida e a única coisa que eu podia pensar era que o tempo é relativo. Que nós fazemos nosso próprio tempo, assim como fazemos nosso próprio destino. Essa entrada no blog é dedicada a todos que decidiram a partir de agora viver plenamente, não importando o amanhã, mandando embora a sombra da depressão e da solidão que te leva ao suicídio, seja pela bebida, seja pelos excessos, seja pela ponta de uma faca.

Ludwig Van Beethoven foi um compositor que enfrentou todos os obstáculos que podia encontrar: uma vida isolada, poucos amigos, amores impossíveis, a surdez. E de tudo isso surgiram obras maravilhosas, inclusive uma chamada "Minha Amada Imortal", uma carta escrita no final do século XvIII e que nunca chegou as mãos de sua destinatária anônima.

John Lennon e George Harrison deixaram as maiores declarações de amor a vida gravadas em suas canções. Então agora, os deixo nas palavras tristes de Beethoven e no apelo de John Lennon e Paul McCartney na voz de Rachel Evan Wood que traduz o que sentimos quando estamos sós. Quando temos medo.


 de julho.

     Mesmo antes que me levante, meus pensamentos se dirigem a ti, minha Amada Imortal, às vezes com alegria, às vezes com tristeza, à espera de que o destino nos escute. Só posso viver totalmente contigo ou não viver. Sim, decidi errar por lugares distantes até poder voar para teus braços e me sentir em casa contigo e poder enviar minha alma cercada de ti para o reino dos espíritos. Sim, lamento, deve ser assim. Irás superá-lo com mais facilidade sabendo da minha fidelidade a ti; outra jamais poderá se apossar de meu coração, jamais! Oh, Deus! Por que precisamos estar separados daquilo que amamos, e no entanto a vida que estou levando em W. é miserável. Teu amor fez de mim o mais feliz dos homens, e o mais infeliz. Na minha idade é preciso ter alguma continuidade, uma vida estável. Será que isso é possível numa situação como a nossa? Meu anjo, acabo de saber que a correspondência é remetida diariamente, portanto, preciso encerrar para que possas receber esta carta imediatamente. Fica tranquila, ama-me hoje e ontem.
     Em lágrimas, anseio por ti, minha vida, meu tudo, adeus. Oh! Não deixes de me amar e jamais duvides do coração mais fiel.
            Do teu amado
            L.
           Para sempre vosso
           Para sempre minha
           Para sempre nosso.

Dedico este post às 3 mosqueteiras, às Sheilas. Aquelas que nunca me abandonaram e que eu quero de volta na minha vida. Por favor, me perdoem. Por Favor, me aceitem de novo. Por favor, me façam sorrir. I´m lost, please help me find the way. Don´te let me down. Cause I love you.

Amores vêm e vão. Doenças são curáveis. Amizades são para sempre.




sábado, 18 de setembro de 2010

Despedidas...

Este talvez seja meu último texto por um tempo. Não me entendam mal, amo escrever, mas existem coisas mais importantes nas quais eu preciso focar no momento e manter um blog não é uma prioridade, ainda mais um blog que só tem 18 seguidores, e acreditem, sou grata e amo todos vocês como se fossem velhos amigos de infânica porque talvez me conheçam melhor do que qualquer amigo que eu tenha tido na infância se regularmente acabam lendo esse blog, seja por diversão, informação ou simplesmente porque não tem nada melhor pra fazer.

Por que desistir de escrever quando essa é minha verdadeira paixão? Porque dói não poder dizer tudo que eu gostaria. E pra isso eu mantenho um diário. Estou dando um tempo porque quero parar de ser hipócrita. Não gosto do "faça-oque-eu-digo-mas-não-faça-o-que-eu-faço". E é como tem sido ultimamente. Tenho escrito sobre a pessoa que gostaria de ser, não sobre a pessoa que sou. Não sou Carrie Bradshaw, nem Virgínia Wolf, não sou Catherine Bigalow, Emily Bontë nem Meryll Streep ou nenhuma das minhas heroínas, mesmo que elas tenham saído da ficção. Sou Adriana Priscylla Dalfovo Biasi e eu tenho que aceitar isso como sempre digo que o primero passo pra uma mudança radical na vida é aceitar quem somos, nos conhecermos de verdade. Eu preciso de um tempo pra isso. Eu preciso rir mais. Eu preciso lembrar minha criança inteiror que ela está vida.

Minha última mensagem, pelo menos por um tempo, é SEJA GRATO. AME. SONHE. REALIZE. NÃO TENHA MEDO. Você tem os meios e a força pra conseguir tudo o que quer. Exceto a vida eterna nesse corpo. Sim, acredito no espírito e que temos que cuidar muito bem dele. O passado é só o passado e por mais que tenha ajudado a construir quem você é hoje, não é quem você é. Você é o presente, o esboço do futuro e só o agora importa. Então aproveite o agora. Diga o que você quer dizer, não guarde suas emoções, por mais estranhas e ruins que elas possam parecer. Chore sempre que tiver vontade. Chore na missa, no supermercado, no carro, na compania do seu travesseiro... Mas chore. Sinta o universo ao seu redor pelo menos uma vez na vida. SInta. Não tenha medo ou vergonha de sentir. Vá ao cinema, faça amigos em uma fila. Cultive bons amigos, os outros, afaste. Jogue o velho e o pesado e viaje mais leve. Mas principalmente viva cada momento como se fosse UNICO. Porque ele é. E ele será passado. E você vai ter que esquecê-lo rapidinho.

Deixe a frustração de lado. Não se preocupe tanto com a perfeição. Saiba quando pedir desculpas. E sempre diga por favor e muito obrigado.

Não deixe nada pendente. Você pode não conseguir o mesmo resultado amanhã.

Sorria, e não só porque está sendo filmado. Sorria porque um sorriso vale mais do que mil palavras, usa sua musculatura de forma natural e faz você se sentir muito melhor.

Passe algum tempo em silêncio. Muitas vezes o silêncio diz muito. Diz o que você quer e precisa ouvir. E também ouça seu coração sempre que tiver a chance.

Ok, acho que falei demais já pra quem pretende parar de escrever. Queria muito que existisse um jeito de colocar música aqui, mas como meus recursos são limitados vou postar um vídeo com a música que me fez pensar.

Até breve. Obrigada por acompanharem esse blog por tanto tempo. Um grande beijo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Feminista e Feminina: Batom, salto alto, Sex and The City e... Queimando Sutiãs

"Amélia não tinha a menor vaidade... Amélia que era mulher de verdade"

Há muito tempo quero escrever um texto sobre o feminismo e ao acordar na manhã de 15 de setembro de 2010 (tudo que eu mais queria era ficar na cama) o Twitter trouxe uma ótima oportunidade pra minha carreira em um daqueles mini links e... A razão de escrever esse texto. A vergonha. A revolta contida, que foi compartilhada por uma outra blogueira que apresentou a nós o texto publicado na Folha de SP pelo senhor Luís Felipe Pondé, machista assumido e que decidiu atacar de vez às mulheres. E mais, algo que eu não esperava mesmo porque sou super fã do Arnaldo Jabor e dei unfollow no indivíduo quando ele disse que toda mulher tinha complexo de Madame Bovary. E esse é o homem que escreveu "Eu Sei Que Vou Te Amar"... Um texto que fala sobre a libertação feminina e que deu a Fernanda Torres a Palma de Ouro em Cannes.

Minha mãe biológica (digo isso porque tenho outras duas mães queridas que compartilham da visão dela), uma feminista linda, educada e bem casada, que sempre me cuidou com amor e carinho, assim como galgou espaço na sua carreira, me ensinou que eu deveria ser INDEPENDENTE, procurar construir minha vida por MIM, procurar me apegar a SONHOS ALTOS, escolher uma CARREIRA e principalmente NÃO DEPENDER DE ABSOLUTAMENTE NINGUÉM, homem ou mulher, especialmente, NÃO DEPENDER DE UM MARIDO, mesmo ela tendo um. Ao mesmo tempo que me ensinou o VALOR DA MATERNIDADE,  me mostrou na pele que É POSSÍVEL conciliar CARREIRA e FAMÍLIA sim. e ser EXTREMAMENTE FELIZ. E eu me considero a pessoa mais amada desse mundo. Por minha mãe e meu pai, que de eunuco sem opinião não tem nada, pelo contrário, é um gênio da música, leonino cheio do querer e alguém que convive conosco há 26 anos sob o mesmo teto. Assim como ambos me incentivaram desde criança a cuidar de mim mesma sempre. Desenvolvi um gosto por MODA, não passo uma semana sem fazer as unhas ou sobrancelhas, fui MODELO, sou ATRIZ, uso maquiagem todos os dias e adoro arrumar o cabelo e comprar sapatos como toda mulher que se preze. Mas faço tudo isso para o MEU PRÓPRIO BEM E SATISFAÇÃO e não porque pense em SEDUZIR um homem. Aliás, até pouco tempo atrás quem não via serventia para o sexo masculino (ao contrário do que colocou o senhor Pondé em seu texto que pode ser encontrado abaixo) além da reprodução era eu. (Meninos, antes de pararem de ler por aqui achando que eu sou uma louca feminista radical, mulhomem do caramba, saibam que hoje penso diferente, homens e mulheres estão no MESMO PATAMAR, são iguais e ambos tem seus valores.) Abandonei essa visão mediocre de guerra dos sexos sem sentido quando conheci homens maravilhosos, inteligentissímos e extremamente compreensivos com o lado feminino independente que sempre procurei expressar. Tendo dito tudo isso, vamos retomar o tópico que importa: MINHA INDIGNAÇÃO COM O TEXTO PUBLICADO NA FOLHA.

Em pleno século XXI encontramos um homem que ainda acha que as mulheres foram feitas apenas para a reprodução. E não servem para nada mais. E pior, que TODAS as feministas são extremamente radicais como no tempo do avô dele (?) ou seria do pai? Os ateus que me desculpem mas pelo amor de Deus.! Acreditar que o sonho de toda mulher é ser capaxo do marido e viver as custas do mesmo, embuxando a cada nove meses, é muita, mas muita, ignorância. Só por que somos mulheres e temos a capacidade de reproduzir não quer dizer que não possamos escolher a hora e com quem. Por sorte temos meios pra isso que vão além da abstinência e ainda fazem o favor (?) de ferir a igreja católica. (agora peço desculpas aos católicos, mas não resisti... a piada estava pronta).

O senhor Pondé me parece um homem culto, inteligente e realmente espero que esse texto tenha sido apenas uma brincadeira de mau gosto, algo pra tentar (e conseguir) irritar um pouco pessoas que como eu ainda não engolem a frase do Vinícius "as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental". Beleza interior, sim. Mas quando você alcança a beleza interior, seu exterior floresce e não importa o que aconteça, você será sim uma mulher bonita. Mesmo que seu nariz seja desproporcional. Ou que sua barriga esteja um pouquinho saliente.

Na minha opinião a mulher que mudou a cara do feminismo não é perfeita mas é linda,  porque seu interior brilha, e essa foi Sara Jessica Parker com seu papel em Sex and The City, Carrie, uma jornalista inteligentíssima que na busca pelo verdadeiro amor percebe que quer muito mais do que simplesmente um homem, quer o pacote completo e isso inclui sua carreira e seu estilo de vida livre, mesmo junto do Mr. Big.

No fundo o que todas nós mulheres queremos é ser aceitas como realmente somos. Não importa se no fundo o que nos mova seja a paixão pelo trabalho ou em constituir uma família. Desde que isso seja aceito por quem compartilha da nossa jornada nesse mundo. Rapazes, não custa fazer um esforço pra entender que por muitos anos fomos estigmadas e que as feridas deixadas as vezes trazem a tona um lado meio agressivo. Porém são feridas cicatrizadas, não queremos eunucos. Queremos romance, compreensão, companheirismo, incentivo, assim como a maioria de nós os incentiva em suas carreiras, a perseguir seus sonhos. Nós também sonhamos. Nós também queremos uma chance de tentar.

Isso me lembrou uma cena do filme água-com-açúcar "Sweet Home Alabama", quando a personagem da Reese Witerspoon confessa que ficou aliviada ao perder o bebê e o ex-marido diz que pra ele ter um filho seria uma aventura, só não havia percebido que aquela seria a última aventura da vida dela porque eles ainda eram muito jovens. Temos nosso tempo. Não seremos empresárias pra sempre. Ou sonhadoras, ou militantes. Vamos nos acalmar, o fato de adiar a maternidade e o casamento não quer dizer que isso NUNCA vai acontecer, então por que não aproveitar o momento? Por que não aproveitar essa liberdade de sonhar e construir um futuro primeiro nas suas mentes?

Agora minha segunda indignação: COMO A FOLHA PUBLICA UM TEXTO CONTRADITÓRIO DESSES??? Eu sei, liberdade de expressão, blá blá blá... Mas gente, informações deveriam ser jogadas de ambos os lados em um texto jornalístico. Se ele acha que mulher vai disputar Prestobarba com ele, então... Ofereça cera quente. Jornalistas deveriam ter um compromisso com a verdade e a verdade é que nem toda feminista é feia. E minha resposta a esse senhor que escreveu esse texto? Querido, se está tão insatisfeito assim com a mulher moderna a ponto de generalizar tudo como se fossemos macacas pouco evoluídas em busca de uma guerra há muito perdida eu digo: encontre pra você um bom metrossexual e homossexual. Assim o senhor com certeza se realizará melhor e se relacionará melhor com seu parceiro. Já que ele é exatamente o ser pensante e 'hair free" que o senhor está procurando. ( sem ofensa aos homos ou metrossexuais porque aguentar um homem como esse deve ser bem difícil... mas como tem mulher que aguenta, deve ter algum que esteja disposto).

Aqui abaixo está colado o texto do excelentíssimo senhor Luis Felipe Pondé, caso queiram ler.

Restos à janela
“Sou um tanto maníaco por detalhes. Às vezes, me pego pensando em Walter Benjamin, o grande pensador judeu alemão que se suicidou durante a Segunda Guerra Mundial, e entendo sua obsessão pelos detalhes do mundo.

A matéria de que é feita a consciência muitas vezes se encontra nos detalhes, principalmente nos restos do mundo, restos ridículos de um mundo em clara agonia. Hoje vou dar um exemplo de como uma migalha do mundo pode ser representativa do nosso ridículo.
O detalhe ridículo de hoje se refere a um novo movimento de conscientização que nasce. Vejamos.

O que haveria de errado em mulheres que querem atrair os homens e por isso se fazem bonitas? Macacas atraem macacos, aves fêmeas atraem aves machos.

Mas parece haver umas pessoas por aí que acham que legal é ser feia. É, caro leitor, se prepare para a nova onda feminista: mulheres peludas. Para essas neopeludas que não se depilam ter pelos significa ser consciente dos seus direitos.

Quais seriam esses "direitos"? De ser feia? De parecer com homens e disputar o Prestobarba de manhã? Antes, um reparo: "direitos" hoje é uma expressão que serve para tudo. Piolhos terão direitos, rúculas terão direitos, ratos já têm direitos. Temo que apenas os machos brancos heterossexuais não tenham direitos.

Pensou? Machista! Desejou? Machista! Deu um presente? Machista! Se você aceitar ser eunuco, obediente, desdentado e, antes de tudo, temer a fúria das mal-amadas, aí você será superlegal. De repente, elas exigirão uma sociedade onde todos terão seu Prestobarba. Cuidado ao passar a mão nas pernas delas porque será como mexer nas suas próprias pernas.

Estou numa fase preocupado em ajudar o leitor a formar um repertório que escape do blá-blá-blá mais frequente por aí. Por isso, nas últimas semanas, tenho indicado leituras. Proponho hoje a leitura de "Feminist Fantasies" (fantasias feministas), de Phyllis Schlafly, cujo prefácio é assinado por Ann Coulter, a loira antifeminista que irrita a esquerdinha obamista, antes de tudo, porque é linda, com certeza.

Para piorar, Ann Coulter é inteligente e articulada. Mas, em se tratando de mulher, é antes de tudo a inveja pela beleza da outra que move o mundo a sua volta.

Dirão as ideólogas do "eunuco como modelo de homem" que a culpa é nossa (masculina) porque as mulheres querem nos seduzir e, aí, elas se batem na arena da sedução. Mas, se elas não quiserem nos seduzir, qual seria o destino de nossa espécie? Para que elas "serviriam"? Deveriam elas (as que querem ser bonitas para nós homens) ser condenadas porque são normais?

O primeiro artigo deste livro é já uma pérola de provocação: "All I Want Is a Husband" (tudo o que quero é um marido).

Contra a "política do ódio ao macho", nossa polemista afirma que a maioria das mulheres, sim, quer, antes de tudo, amor e lar.

Quando elas se lançam na busca do amor e sucesso profissional em "quantidades iguais", mergulham numa escolha infernal (a autora desenvolve a questão nos ensaios seguintes) que marca a desorientação contemporânea. O importante, antes de tudo, é não mentirmos sobre isso e iluminarmos a agonia da vida feminina quando submetida à "política do ódio ao macho".

A vida amorosa nunca foi feliz. E nunca será. Mas a mentira da "emancipação feminina" é não reconhecer que ela criou novas formas de vida para a mulher em troca de novas formas de agonia.

Diz um amigo meu que, pouco a pouco, as mulheres se tornam obsoletas. Por que não haveria mais razão para investir nelas?

Conversando sobre esses medos com alunos e alunas entre 19 e 21 anos, percebi que muito da "obsolescência da mulher" é consequência de três queixas masculinas básicas: 1. Elas são carreiristas; 2. Não valorizam a maternidade; 3. Não cuidam da vida cotidiana da família. Associando-se a este "tripé", o fato que elas começam a ganhar bem, nem um "jantar" é preciso pagar para levá-las à cama. Resultado: a facilidade no sexo de hoje é a solidão de amanhã.

Mergulhadas em suas exigências infinitas, morrem à janela, contabilizando as horas, contemplando o próprio reflexo.”
Fica aqui minha resposta, até semana que vem!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

VAI UM VOTO AÍ?

"A solução pro nosso povo eu vou dar, negócio bom assim ninguém nunca viu. A solução é alugar o Brasil."
Raul Seixas
Sempre me considerei um ser apolítico. Tirei o título de eleitor aos 16 anos por pressão de uma amiga extremamente engajada depois que escrevi um texto sobre os 500 anos de Brasil que foi publicado no jornal. Só nas últimas eleições para prefeito é que eu comecei a prestar mais atenção no que os políticos diziam, quem eram, histórias. Portanto se eu falar alguma besteira por favor me corrijam nos comentários.  O que eu vou escrever aqui vem de uma visão ainda bem ingênua sobre o que tenho visto, ouvido, sentido, nos últimos dois anos.

Moro em Curitiba há 10 anos. Nesse tempo todo não transferi meu título de eleitor pra cá, sendo minha zona eleitoral a cidade de Quedas do Iguaçu, no inteiror do Paraná. Votar no interior é bem diferente de votar na cidade grande. Lá você vota no seu vizinho, alguém palpável, que você conheceu sua vida inteira, com quem já tomou café na padaria, ou encontrou no supermercado (e não era campanha política). É alguém acessível, e talvez por isso eu ainda me dê ao trabalho de fazer 500 km em época de eleição, é bem mais fácil escolher um prefeito que você conhece, um vereador com quem você convive (mesmo que pelo msn) ou um governador e um presidente indicados por alguém que está engajado no meio e que vai contribuir para a realização das propostas daquela pessoa, porque um eleitor consciente vai querer ajudar o seu político escolhido, certo?

Já em Curitiba percebi as coisas há uma distância diferente. Você até encontra o candidato na padaria do bairro... Em época de campanha. Mas a coisa que tem mais me chocado (sim, chocado, essa é a palavra) é a tal da "carreira política". Parei pra observar que os candidatos renunciam de um cargo (prefeito, por exemplo) pra poder se candidatar a outro (governador, por exemplo) pra não perder a entresafra entre uma eleição e outra, período em que teriam que trabalhar em empregos comuns, ser pessoas comuns e sentir na pele o que a gente passa no dia a dia quando precisa de alguém que trabalha na prefeitura ou no palácio do governo. Se fosse pra existir a tal "carreira política" não deveria existir uma faculdade ou um curso técnico que ensinasse a "arte de administrar o bem comum"? Porque é pra isso que colocamos essas pessoas lá, é pra isso que elas apresentam suas propostas de governo, pra administrar o que também é nosso por direito adquirido na certidão de nascimento quando somos classificados como brasileiros. Era para o Brasil ser uma República Democrática, certo? Ou implantaram a monarquia e a ditadura e eu não fui avisada?

Outra coisa que me incomoda bastante é o descaso com que somos tratados depois que a campanha acaba. O cara que tomava café na padaria do bairro se muda para o Eco-Ville e nunca mais aparece. Aliás, você não consegue falar nem com um acessor. E o pior, é que quando esse indivíduo se candidata novamente pra dar continuidade a sua carreira política, é eleito novamente. E a memória curta dos brasileiros não pode nem ser recuperada através de um banco de dados virtual com tudo o que foi feito de bom e ruim, o que tentaram implantar há dois anos e foi vetado por ser considerado difamação do candidato. Poxa, alguém já assistiu ao horário político? Aqui sim é difamação. Informação não confiável passada por fontes duvidosas.

E quanto ao direito a liberdade de expressão? É o cúmulo quando um jornalista conceituado tem sua reportagem tirada do ar a pedido do presidente da república (sim, o cara que nós colocamos lá) só porque tinha um comentário sobre o candidato(a) apoiado(a) pelo mesmo.

E nós? Nós gostamos de ser palhaços. Digo isso porque todo ano eleitoral é a mesma coisa. Acabamos nos convencendo muito fácil com as promessas e a fala mansa. Esquecemos muito fácil dos escândalos que acompanhamos ao longo dos 4 anos de mandato. A verdade é que por sermos obrigados a votar, já não vemos o voto como um direito, vemos como uma obrigação, muitas vezes uma obrigação extremamente chata. Alguns até tentam mudar a situação com e-mails, correntes, campanhas virtuais, vídeos, sites, mas nada acontece. Por que?

Sabemos que políticos são iguais em todo lugar. O que difere é a cultura do povo. E também o interesse. Eu já fui desinteressada, já joguei muito voto fora. Mas esse ano pretendo me livrar do nariz vermelho e das calças largas. É por isso que escrevo essas palavras, pra contribuir com as correntes, movimentos e pessoas que tentam impulsionar nosso país e nossa gente. Mesmo que minha contribuição seja pequena.


Já dizia o ditado: "uma andorinha só não faz verão". Por isso deixo aqui meu humilde apelo, para que você que está lendo esse texto pense muito bem antes de apertar o "confirma". Já que somos obrigados realmente a ir as urnas em 3 de outubro, que pelo menos a gente faça nossa tarefa de casa. Pesquise, ouça realmente o que todos os lados têm a dizer. Tenha mais de um veículo de informação pra saber sobre quem está colocando pra administrar seu estado, seu país. Procure saber o que um deputado faz antes de colocar alguém lá pra exercer essa função.

A propósito, falando de maneira grossa, o deputado guarda as leis, além de poder propor novas leis, pode fazer emendas na Constituição, ou seja, é quem realmente tem a "voz do povo".  Já os senadores defendem os Estados no poder federal, então lembre de coordenar as propostas do seu senador com as propostas do seu governador, ou as coisas podem ficar no mínimo confusas, já que é ele quem aprova as verbas que vão para o seu estado e fiscaliza o governo, ou seja, em casos extremos podem JULGAR o presidente e ministros.

Como comecei com uma música do mestre Raul Seixas que praticamente acaba com as esperanças de arrumar nosso país sem entregá-lo aos outros, termino com outra, um pouco mais esperançosa, que pode ajudar a pensar um pouco na coletividade que envolve uma eleição e que eu provavelmente já citei aqui em outro contexto, mas mesmo assim aí vai: "sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é REALIDADE".

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Just Beleave...

"Eu que não fumo queria um cigarro, eu que não amo você, envelheci 10 anos ou mais nesse último mês."
Eu que não amo você, Engenheiros do Havaii
 
Essa semana eu estava escrevendo a monografia pra conclusão da minha pós-graduação e tive a oportunidade de ler novamnete meu roteiro, que escrevi há mais de dois anos com essa finalidade e que já está filmado, só falta terminar a edição, mas que eu vinha adiando por um motivo ou outro mas que descobri que na realidade era falta de fé no meu próprio trabalho. Fiquei tão surpresa com o que tinha escrito que nem pareciam mnhas próprias palavras! Eu consegui rir de piadas que eu mesma criei. E foi a melhor sensação do mundo. Foi como acordar pra vida.

Durante anos, na minha adolescencia, infância e no início da minha juventude, eu escrevi sem parar. Contos, crônicas, roteiros, peças e até um livro que deixei de publicar por ser perfeccionista demais. Escrever era uma paixão e uma maneira de aliviar todas as dores da minha alma. Cheguei a ter dois textos publicados no jornal local antes de completar 18 anos. E toda vez que eu lia esses textos da minha adolescência eu me perguntava: onde foi parar aquela garota que escrevia tão bem?

Passei a admirar os textos e roteiros dos meus amigos e colegas como jóias raras, sempre me contentei com um papel pequeno em um filme ou uma pontinha na produção simplesmente porque eu queria fazer parte de algo que achava bonito, tocante, interessante. Então tomei coragem e com uma amiga, Virgínia Bosh, escrevi, produzi, dirigi e atuei em uma peça chamada "O Beijo das Orquídeas", cujo texto recebeu críticas maravilhosas. Mas ainda assim eu me sentia pequena, apenas uma parte daquela que eu já havia sido, eu não era cool, não era underground, não era engraçada, muito menos coerente. Na minha visão aquelas páginas escritas de punho próprio poderiam muito bem ter um lugar dentro da lixeira que ninguém se importaria.

Mais tarde, em 2009, fui além, tomei coragem e sozinha escrevi o primeiro curta que decidi produzir, justamente sobre escrever um roteiro e suas dificuldades, tema que abordo na minha monografia. E foi esse texto que abriu minha mente pra ver além. 

O tempo que passei entre o vestibular e o "11 Dias" (meu próximo curta) foi o tempo em que o mundo e as pessoas ao meu redor começaram a me diminuir. Ou melhor, começaram a fazer com que eu me sentisse menor, menos capaz. Aos 17 anos desisti da faculdade de artes cênicas por pensar que não tinha capacidade de me tornar uma grande atriz simplesmente porque alguém próximo a mim (que por sinal nunca tinha ido ao teatro) disse que eu não tinha capacidade. E nessa mesma época essa mesma pessoa em quem eu confiava me fez abandonar o sonho da medicina porque era tempo demais jogado fora quando eu podia fazer coisas mais produtivas. (hoje acho realmente que ele estava falando em me preparar para ser esposa e mãe)

A verdade é que se alguém em quem confiamos cegamente nos diz que não podemos fazer algo, é como se um braço ou uma perna nos fosse retirado. Secretamente podemos continuar praticando aquilo que fazíamos bem e que nos dava prazer (como prova viva hoje sou atriz, cineasta, escritora, roteirista e quem sabe me torne médica ou psicóloga) mas que passamos a acreditar ser uma futilidade,  algo que simplesmente nos atrasava em descobrirmos quem realmente somos. Só que quem somos já estava lá. Éramos aquela pessoa que escrevia bem, que dirigia bem, que estudava muito, que gostava de dançar ou que queria dissecar coisas. Só que alguém nos convenceu do contrário.

Depois de ler um texto meu hoje e não acreditar que áquelas eram minhas palavras eu só tenho uma coisa a dizer: NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS. Não deixe que alguém te diminua pra se sentir maior. Não deixei que alguém diga que você não é bom o suficiente. Filosofia de banheiro? Talvez. Mas pense em quantas coisas na sua vida você já deixou pra trás por falta de incentivo e depois se arrependeu.

Você faz seu próprio destino. Só você. E se você acha que é capaz de atravessar o canal da Mancha a nado e te dizem o contrário, treine mais, mas não perca a fé em quem você é.

Eu tive o caso de uma atriz, extremamente traumatizada pelo diretor anterior, não conseguia render nos ensaios. Algumas pessoas do elenco diziam que ela não daria conta, que seria um fiasco e os comentários se extenderam a direção (minha) que era fraca e afundaria o navio. Mas nos olhos dessa atriz eu via a chama, a paixão pela personagem e sozinhas nós fazíamos miséria. Essa foi a única atriz de um elenco de 9 pessoas a receber críticas extremamente positivas por sua performance na noite de estréia. Ela não desistiu, não cedeu a pressão dos colegas e principalmente acreditou em si mesma.

Ninguém, incluindo eu, daquele elenco, conseguiu as criticas que ela conseguiu em peças futuras, isso foi há 4 anos atrás. Então antes de apontar o dedo, pense duas vezes. E lembre da atriz que podia não ter a técnica, mas tinha o fogo. Encontre essa chama e a transforme em uma fogueira ardente. Acredite em si mesmo, porque ninguém mais o fará.
 
Uma última coisa. Quem você ama, pode não te amar da mesma maneira. Quem você admira, pode não te admirar da mesma forma.  Quem você respeita, pode querer te ver na lama. Você é dono e senhor de si mesmo e é mais do que capaz de saber até onde vai sua capacidade e quão grande pode ser o seu sonho.

Obrigada pelas críticas e por lerem o blog. Semana que vem tem mais.

sábado, 4 de setembro de 2010

It´s something unpredictable, but in the end it´s right

As vezes eu me sinto repetitiva escrevendo neste blog, porque ultimamente a única coisa que tenho postado é sobre a importância da vida, a importância de viver o agora. Bem, antes de começar quero que vejam um vídeo.

 
Estamos sempre querendo tempo, cada dia mais tempo. Sentimos como se os dias ficassem mais curtos, as horas encolhessem, o tempo passasse rápido demais. Mas se você parar pra pensar algumas espécies de borboletas passam a maior parte das suas vidas como larvas ou lagartas, rastejando pelo mundo. Depois de tudo isso, se fecham no casulo, onde ganham asas e por fim, ganham o mundo... Por até cinco dias. Algumas não chegam nem a durar um único dia.

Eu sei que a metáfora da borboleta pra simbolizar a vida já foi mais do que utilizada. É um grande clichê, mas me pareceu o mais apropriado para falar sobre o assunto de hoje: PERDAS E DANOS.

Todos os dias nos deparamos com pequenas derrotas. Seja o pneu do carro furado antes daquela reunião importantíssima, o trânsito que não anda, aquele encontro que não saiu como você planejava, o relacionamento que acabou da pior maneira possível, o sonho inalcançavel. Tantas tragédias!

Mas você já olhou ao seu redor na rua? Pra quem mora em Curitiba basta andar na rua XV de novembro depois que as lojas fecham e tudo o que você encontra são mendigos disputando um lugar embaixo das marquises. E quando o sinal fecha, você vê uma criança, com um sorriso no rosto, sendo explorada por um adulto, fazendo malabarismo em 30 segundos por um trocado.

Antes de reclamar da própria vida, visite a ala de câncer infantil de um hospital. Não há nada mais tocante do que uma criança destinada a morrer (como a borboleta) sorrindo quando você a abraça, porque elas não estão acotumadas com tanto carinho. A única coisa que conhecem é um quarto apertado e uma porção de tubos tão ligados às suas veias que já parecem parte do seu ser.

Morremos um  pouco todos os dias, pra renascer no dia seguinte. Não consigo lembrar onde ouvi essa frase. Há algum tempo atrás eu postei aqui mesmo que a vida era como uma série de TV, onde as temporadas começam e terminam depois de alguma tempo. Acho que essa é realmente a melhor maneira de encarar a vida, pois te faz aceitar qualquer coisa com a esperança de que o amanhã será melhor.
E antes de deixá-los curtir esse feriadão, gostaria de indicar um livro pra quem vai ficar por aí deitado no sofá."O que realmente importa", do Anderson Cavalcante, custa R$19,90 em qualquer lojas Americanas e R$ 24,90 nas Livrarias Curitiba (não, ainda não estou ganhando pra fazer marketing). Vai acender aquela luz, aquela vontade de viver. Vai tirar a trava da sua língua e fazer você voltar a ser criança. Vai fazer você se arrepender menos e viver mais.

Bom feriado pra vocês! Vou aproveitar o meu pra trabalhar no meu novo curta (agora sim é marketing) chamado "11 Dias", escrito por mim, dirigido por Gil Marcel, comigo e Ibrahim Mansur no elenco e com uma equipe técnica maravilhosa. Falo mais sobre isso no proximo post.