sábado, 25 de setembro de 2010

Como "Julie&Julia" me ensinaram a RESISTIR

Sim, esta é a segunda vez que eu escrevo no blog em dois dias. Escrever é algo que eu amo e quero fazer pro resto da minha vida, mesmo que o resto da minha vida seja essa noite ( e não foi Luan Santana). Eu gostaria de ter uma taça de pinot noir enquanto escrevo sobre três coisas que adoro: cozinhar, cinema e escrever neste blog.

Você provavelmente já ouviu falar de Julia Child e Julie Powell pelo filme água-com-açúcar "Julie&Julia", ou talvez, seja mais culta do que eu e tenha acessado o blog de Julie ou lido o livro que ela publicou. A verdade é que esta noite eu estava me sentindo como um peixe fora d´água. A vontade de resistir era mínima, me entregar ao destino, a tudo a minha volta, vegetar, sobreviver, tudo isso parecia uma excelente idéia.  Então, depois de um desastroso jantar, uma leitura seca e uma olhada desconfiada para a minha tatuagem que diz "Let it be" um filme começava na HBO, "Julie&Julia". Eu precisava de um chick-flick pra apagar a imagem anterior da Briget Jones em sua "pequena" calcinha indo atrás do Darcy,  e eu realmente precisava da Meryl Streep.

Eu tive o pior dia da minha vida. Eu li, reli, fiz todos os exercícios recomendados por Anderson Cavalcante para descobrir minha missão, escrevi no meu diário a pergunta "qual é minha missão?" mais de vinte vezes quando Osho respondeu via Twitter (não estou inventando isso, juro) que eu devo escrever - aqui palavrasdeOsho 
Meditação é uma poesia sem palavras; poesia é meditação em palavras.
 - e eu simplesmente parei de me preocupar com o que fazer e escrevi. Porém, quando a noite caiu, eu pensei "como conseguir um editor?", "terei tempo pra isso?", "o que eu escrevo é bom o suficiente?", "eu não deveria simplesmente ganhar a vida como todo mundo em vez de viver de arte como sempre foi meu sonho?". E assim surgiu "Julie&Julia" na minha TV. Algo que eu nunca, nunca mesmo, pensei em assistir. Mas que me tocou por tantas razões que é até difícil de enumerar.

Pra começar, ambas, Julie e Julia, eram mulheres comuns, com o dom de escrever (e cozinhar), que conseguiram o que queriam por não desistirem dos seus sonhos. Por não sucumbirem à mente coletiva que nos diz que temos que ser todos iguais. Para sempre. Mesmo que sempre seja amanhã. Julie começou com 12 seguidores, eu tenho 19, iei!

Sem contar que Meryl Streep está espetacular! Só de vê-la me dá vontade de colocar novamente o pé no palco e sentir a energia do teatro vazio minutos antes da apresentação. Eu sei que neste momento deveria estar prestigiando um amigo que está comemorando seus anos de carreira no palco, e peço desculpas publicamente, sei que terei tempo e energia para sua próxima apresentação e essa não perderei por nada. Mas por alguma razão do cosmos ou inexplicada eu precisava ficar em casa essa noite. Eu precisava entender que a vida pode tentar nos derrubar as vezes, mas só nos mesmos temos a força pra nos mantermos em pé ou pelo menos levantar com dignidade.

Eu terminei meu conto, ao contrário de tudo o que eu faço, pela primeira vez, eu terminei algo importante. Claro que ainda faltam alguns ajustes, mas pela primeira vez na vida me sinto bem quanto a algo que escrevi em tão pouco tempo. O nome provisório é "Minhas duas vidas" e espero poder publicá-lo aqui assim que o registro sair. 

O ponto é: não importa como você se sinta, o quanto queira seus amigos, o quanto queira seu amor, o quanto queira viver, o quanto queira simplesmente... VOCÊ PODE TER. E quando menos espera. Não faça dramas. AME SEM CULPA. E saiba ser LIVRE e VERDADEIRO com você.

Tenham um ótimo fim de semana. Eu espero que o meu também seja.

2 comentários:

  1. hey linda... não tenho nada a dizer, vc disse tudo no seu texto. fiquei curiosa pra ler o conto ;)

    kisses&hugs

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  2. Espetacular como sempre!!!
    Você realmente tem o dom das palavras senhorita.
    Sucesso é o que digo pra vc.

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