terça-feira, 19 de outubro de 2010

Amigos e partidos políticos...

Apoio. Essa foi a palavra da semana no cenário político brasileiro, enquanto todos esperavam que Marina Silva se pronunciasse a respeito dos candidatos a presidência e isso me fez, curiosamente, pensar em um post para o blog que não tem nada a ver com política... Ou talvez tenha. Olha só:

Março de 1990, escola primária de Quedas do Iguaçu, primeiro dia de aula, turma da professora Marilda. Minha garganta doía de tanto chorar e berrar que não queria ficar naquela sala de aula cheia de pessoas estranhas e muito menos sentar em uma carteira com o crachá que dizia que meu nome era Adriana (esse infelizmente é meu primeiro nome, mas desde que nasci todo mundo me chamava de Priscylla). Minha mãe, cansada da minhas lamúrias, saiu pela porta. Eu chorava baixinho quando uma mão pequena tocou meu ombro. Virei e notei que a menina com um rabo de cavalo no lado da cabeça (coisa que eu acho estranha até hoje) também chorava.

- Meu nome é Vanessa - ela disse.
- Eu sou Priscylla - respondi.

Naquele momento nós duas nos abraçamos e começamos a chorar juntas. Até o fim da aula. E no dia seguinte repetimos a dose, assim como no outro, até nos cansarmos e começarmos a brincar com as outras crianças. Assim eu fiz minha primeira amiga, que por sinal continua sendo minha amiga até hoje. E foi através dela que conheci minha outra melhor amiga, a Ale, que estudava com a gente e de quem fui madrinha de casamento 20 anos depois. (Eu era tímida, precisava ser apresentada `as pessoas) Adivinha? Também é minha amiga...

Posso dizer que ao longo da vida conheci muitas pessoas, fui amiga de algumas, mas poucas me ensinaram tanto como minhas amigas de infância e adolescência. Com a Vanessa aprendi a ter coragem e seguir em frente nas situações mais difíceis. Ela é uma guerreira que me inspira e sempre vai me inspirar porque não perdeu a alegria de viver, nunca se fez de injustiçada, mesmo o mundo tendo tomado dela algo muito importante. Já com a Ale, a menina loirinha que comia brigadeiro e cantava parabéns ao mesmo tempo (eu tenho a foto pra provar), aprendi a acreditar que sonhos grandes podem se tornar realidade, aprendi que o fim do mundo não está tão próximo e principalmente que um amigo pode passar um ano sem te ver, se for seu amigo começamos de onde paramos sem problema algum, mesmo que o que você queira dizer seja uma loucura pro resto do mundo. 

O que eu quero realmente dizer é que muitas vezes, na hora do desânimo ou quando somos atingidos por noticias ruins, a gente para e pergunta: por que estou vivendo? Por que estou tentando sobreviver? Bem, porque você tem uma missão a cumprir e essa missão envolve as pessoas ao teu redor. Porque essas pessoas ao teu redor se importam contigo, ou não estariam ali. Porque você escolheu. Simples.

Amigos são a família que lhe permitiram escolher, mas as vezes os amigos também podem estar dentro da sua família. Como é o caso da minha priminha 6 anos mais nova, que eu descobri há pouco tempo que pode ser uma grande amiga, e apesar da pouca idade me ensinou a rir das situações. De todas elas. TODAS. (por favor, nunca nos levem a um velório juntas)

Por isso, termino esse post agradecendo a todos aqueles que já me deram apoio algum dia, em especial um certo senhor aí que tem aguentado firme e sozinho carregar um peso bem grande, quero que saibam que estou aqui e daqui não saio. Pro que der e vier.  Amigo não serve só como lembrança de senha de e-mail. Porque APOIO não é só partido político que precisa, mas nós, seres humanos, precisamos nos sentir amados e apoiados sempre que possível.

Dedico estas palavras a Sooz, a Nessa, a Ale, a Deb, a Mima, ao Edu, a Amanda, ao Lover, ao Gil, a Isa e ao Willi, sempre que precisarem meus amores.

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