domingo, 5 de dezembro de 2010

Lembro-me de uma peça que fui assistir alguns anos atrás chamada "Sobre Outdoors e o Fim do Mundo", confesso que nada me marcou muito no espetáculo a não ser o fato de ter esse nome. Quando penso nessa frase, a primeira coisa que me vem a mente é como o capitalismo, a vida corrida e displicente tem nos levado para lugar algum a não ser cada vez mais perto do fundo do poço.

Caminho pelas ruas e tudo o que vejo são luzes de natal, placas de promoções e liquidações de fim de ano e pessoas abarrotadas de sacolas com a mente focada em comprar, comprar e comprar. Não sou um ser humano perfeito, pra falar a verdade eu meio que odeio essa coisa de fim de ano, natal, presente, esperanças renovadas, isso me deprime, mas ajuda algumas pessoas, então não é sobre isso que eu vou reclamar, mas não posso deixar de me indignar com toda essa grandeza quando estamos quebrando a cabeça pra diminuir o consumo de energia, quando já existe tanto lixo no mundo (e dentro das nossas casas), que não precisamos de mais bugigangas.

Eu sei que parece meio extremista. Festas de fim de ano são inevitáveis e podem até ser divertidas pra algumas pessoas, por um pequeno período de tempo, sem contar que são uma desculpa perfeita pra passar uns dias na praia, curtindo uma paz sob o sol e sob o mar (exceto se você estiver perto de um daqueles bêbados "Boas Festas"). Mas em meio a todo esse consumismo e ostentação o que eu sugiro é que a gente volte um pouco nossa atenção pra dentro do ser humano, independente de credos, só pensar um pouco em nós mesmos, na nossa essência e no próximo, não com o sentido de caridade, mas no sentido de que mundo e que lições estamos deixando aqui pra quem vier depois de nós. Será que temos que ser tão egoístas a ponto de não pensarmos no que será do mundo daqui há 30 anos?


Semana que vem tem provavelmente uma retratação, depois que eu for ao shopping pra fazer minhas compras de natal. (brincadeira =))

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